PSP e autarquias ‘atacam’ consumos de menores em festivais

Nos festivais de música do Grupo Oriental vai ser proibido reentrar após sair do recinto. Medida quer atacar consumos de álcool e estupefacientes por menores



As pessoas que, este ano, frequentarem os festivais das ilhas de São Miguel e Santa Maria e tiverem adquirido uma pulseira que lhes permitia entrar e sair do recinto, já não vão o poder fazer. A partir deste ano - e começando já esta quarta-feira no São João da Vila - quem se ausentar do recinto já não poderá voltar a reentrar.

Esta é uma das medidas que foi levada pela PSP às reuniões de segurança que manteve com as autarquias do Grupo Oriental e que, segundo explicou ao Açoriano Oriental fonte da polícia, pretende atacar o consumo de álcool e estupefacientes por parte do público mais jovem.

A mesma fonte diz que trata-se de alinhar os festivais açorianos pelo que se faz “a nível nacional e mesmo internacional” e foi bem aceite pelos presidentes das câmaras municipais dos sete concelhos das ilhas de São Miguel e de Santa Maria.

A proibição de reentrada, refere a fonte da PSP, afetará essencialmente os menores, pois pela experiência acumulada nos últimos anos pela polícia, são os que acabam por entrar e sair várias vezes dos recintos, acabando por consumir fora do festival, geralmente na zona destinada às tendas.

Apesar de a fonte da PSP referir que a medida foi bem recebida pela maioria, ao Açoriano Oriental chegou uma queixa, do promotor Jacinto Franco, que critica a imposição por parte da autoridade, considerando que não evitará os excessos nos consumos.

“Apesar de termos estado na reunião de segurança, ocorrida há 2 meses, só na passada quinta-feira é que nos foi informado que as pulseiras gerais já não poderiam reentrar no recinto, o que nos causa um problema logístico”, explica.

“Mas já houve quem tivesse comprado esse tipo de bilhete a contar com essa facilidade e agora vão ser surpreendidos”, lamenta o promotor.

Jacinto Franco acrescenta que entrou em contacto com a Secretaria Regional da Saúde e Segurança Social, que lhe referiu não ter conhecimento da medida.

PUB