ESN Açores já foi reconhecida oficialmente

Integra - Associação de Integração Internacional de Estudantes da UAc foi reconhecida como secção da Erasmus Student Network, passando a integrar esta rede europeia de apoio a estudantes internacionais



A Integra - Associação de Integração Internacional de Estudantes da Universidade dos Açores foi oficialmente reconhecida como secção da Erasmus Student Network (ESN), passando a integrar a maior rede europeia de apoio a estudantes internacionais e a conectar os Açores a mais de 150 mil jovens por ano em toda a Europa. Com a integração na ESN, a Integra passa agora a designar-se ESN Açores. 

O reconhecimento oficial como secção da rede foi confirmado no dia 29 de junho, com aprovação unânime por parte das restantes secções da ESN Portugal. “Fomos aprovados pelas secções com 100% de votos”, afirmou Carla Ponte, adiantando que a associação já é também reconhecida pela ESN Internacional.

Segundo a presidente da associação, este passo surgiu após a participação num encontro promovido pela plataforma nacional da ESN Portugal, onde estiveram reunidos “com vários representantes e membros das secções locais da ESN Portugal”. 

“Neste espaço, todos discutimos estratégias e boas práticas”, referiu. Carla Ponte considera que esta troca de experiências contribui para ajustar a forma como as atividades são pensadas para os estudantes.

“Os estudantes internacionais beneficiam com esta troca de experiências, porque partilhamos o que correu melhor e o que poderia ter sido diferente nas atividades que realizámos ao longo do ano. Isso permite-nos melhorar e ter um impacto mais positivo nos estudantes Erasmus”, salientou. 

Nos dois anos de atividade da Integra, a associação tem promovido iniciativas para dar a conhecer a ilha aos estudantes, mostrando não só locais turísticos, mas também espaços para estudar e restaurantes onde se pode comer o “melhor prato” regional. “As nossas atividades são sempre feitas com o sentido de dar a conhecer a ilha ao máximo”, realçou.

Entre as iniciativas promovidas, destacam-se os nature days, que, segundo Carla Ponte, têm sido bem recebidos. 

“Na universidade há outras associações, núcleos e tunas a organizar atividades, mas nós procuramos sempre fazer algo diferente e fugir um pouco ao habitual”,  disse, prosseguindo que nos nature days  é possível “juntar a natureza com uma visita guiada a vários locais que, muitas vezes, não estão destacados no mapa, mas que nós, enquanto locais, conhecemos bem”. Além disso, são também incluídas paragens em restaurantes típicos e outras atividades que “façam parte daquela rota”. 

A responsável explicou ainda que, ao contrário de outras secções da ESN, como Lisboa, que recebe cerca de três mil estudantes internacionais por semestre, a realidade nos Açores é diferente. 

“A ESN Lisboa recebe três mil estudantes por semestre, enquanto nós recebemos 200 por ano”, indicou, sublinhando que esse número mais reduzido permite criar uma relação mais próxima.

Com a entrada na rede europeia, a associação passará também a disponibilizar o ESN Card, cartão que dá acesso a benefícios para estudantes em toda a Europa. “Um estudante de Erasmus vai ter esse acesso aos descontos que a ESN dos Açores tiver. É também uma maneira de  conseguirmos ligar o turismo jovem aos Açores”, explicou. 

O objetivo para o próximo ano letivo passa por acompanhar “mais de perto” as atividades da ESN a nível nacional e organizar, em 2026, um evento com todas as secções da rede em São Miguel. “O nosso maior desafio vai ser conseguir acompanhar presencialmente as atividades que precisamos de fazer no território nacional”, sustentou.

Questionada sobre o apoio institucional por parte da academia açoriana, Carla Ponte elucidou que, até ao momento, a colaboração tem-se limitado sobretudo a apoio logístico e à disponibilização de material promocional: “Enviaram-nos os papéis com as autorizações de que precisávamos e facultaram-nos algum merchandising”.

Agora que a associação passou a integrar oficialmente a Erasmus Student Network, a presidente apela a um maior reconhecimento e envolvimento por parte da UAc.

Carla Ponte apontou ainda que a falta de um espaço físico já impediu a candidatura a “pelo menos dois programas” de apoio. “Já nos está a ser prometido há dois anos uma sala para a Integra.Estamos a caminho do terceiro ano em funções”, frisou.

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