Após uma reunião com o SINAPOL – Sindicato Nacional da Polícia, Francisco Lima constatou que “os sucessivos Governos da República desvalorizaram a polícia”, referindo que “quando um polícia ganha pouco mais do que o ordenado mínimo, já ninguém quer ser polícia”.
“Com os problemas da falta de segurança que se sente nos Açores, o flagelo das drogas sintéticas, a falta de policiamento de proximidade, a que se juntam as viaturas obsoletas e paradas, corremos sérios riscos de fechar esquadras de polícia nos Açores”, alertou o candidato do Chega/Açores, considerando ainda que a situação seja mais gravosa nas “ilhas mais pequenas onde não há habitação disponível e o custo de vida é maior”.
Em
nota de imprensa, Francisco Lima deixa algumas propostas que pretende
apresentar na Assembleia da República e que passam pela “valorização
salarial, pela atribuição de um subsídio de fixação, um reforço de
efetivos, um reforço de meios de viaturas e esquadras, até porque com a
extinção do SEF, os polícias passaram a desempenhar estas funções e vão
ser retirados das esquadras”.
“O mesmo se aplica ao serviço administrativo, que ocupa demasiado tempo aos agentes quando poderiam ser abertos concursos para civis poderem prestar esse serviço, libertando os agentes para poderem andar na rua”, considerou.
O
candidato do Chega pelo círculo dos Açores às eleições legislativas
nacionais de 18 de maio promete ser “uma voz incómoda” na Assembleia da
República, criticando o facto de “mais ninguém falar da falta de
segurança”.
“Se formos a analisar as estatísticas, elas mostram que
houve decréscimo de criminalidade, mas os números estão a camuflar a
verdadeira realidade. Então, se a polícia não tem meios para sair das
esquadras e patrulhar, os crimes não são registados”, argumenta em nota
de imprensa.