Estoril Open

Um challenger 175 com ‘roupagem’ de ATP 250

O Estoril Open está de volta como ATP Challenger 175, mas, com um quadro apetrechado com Félix Auger-Aliassime e Nuno Borges, o engalanado Clube de Ténis do Estoril (CTE) recebe uma prova com nível de ATP 250



Com o quadro principal entre terça-feira e domingo, o Estoril Open viu-se despromovido ao circuito secundário, em virtude da passagem dos Masters 1.000 a duas semanas, mas o regresso ao ATP Tour já está garantido para julho de 2026.

Assim, num ano de ‘sobrevivência’, a organização do evento, nascido em 1990 e organizado pelas mãos de João Lagos no Complexo de Ténis do Jamor até 2014, tentou manter a dimensão e a imagem do complexo montado no CTE, onde o quadro principal se apresenta recheado com 14 jogadores do ‘top 100’ mundial e, para já, quatro tenistas portugueses.

O canadiano Felix Auger-Aliassime (19.º ATP), primeiro cabeça de série, e o maiato Nuno Borges, número um nacional e 41 do mundo, são as principais figuras de cartaz do torneio, que vai colocar em ação ainda seis jogadores do ‘top 50’ da hierarquia ATP.

Eliminado na segunda ronda do Masters 1.000 de Madrid, onde foi finalista em 2024, Auger-Aliassime recebeu um ‘wild card’ para viajar até Portugal e participar, pela terceira vez, no Estoril Open, depois da estreia em 2018 e da derrota nos quartos de final, em 2022, frente ao norte-americano Sebastian Korda.

Desta vez, o jovem canadiano chega ao pó de tijolo nacional com dois títulos ATP 250 conquistados esta época, no piso rápido de Adelaide (Austrália) e Montpellier (França).

Tal como Auger- Aliassime, vice-campeão do ATP 500 do Dubai e ainda semifinalista do ATP 500 de Doha, Nuno Borges, terceiro cabeça de série, também regressa a território nacional depois de um início de temporada promissor, graças à presença nas meias-finais no ATP 250 Auckland e na terceira ronda no Open da Austrália, onde foi eliminado pelo espanhol Carlos Alcaraz, número três mundial.

O tenista do Centro de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de Ténis, de 28 anos, vai disputar pelo quarto ano o Estoril Open, após a estreia em 2021, um ano antes de conquistar o título de pares do então ATP 250 português, ao lado do amigo e compatriota Francisco Cabral. Melhor só mesmo em 2018, quando João Sousa se tornou o primeiro campeão português do torneio.

Presente nos ‘quartos’ em 2024, o seu melhor resultado em singulares na terra batida do CTE, Nuno Borges volta a Cascais motivado pelas boas exibições protagonizadas, sobretudo, no Masters 1.000 de Monte Carlo, onde atingiu a terceira eliminatória, antes de ser eliminado na segunda ronda do Masters 1.000 de Madrid.

Ao tenista maiato junta-se Jaime Faria, que protagonizou um fulgurante início de temporada, com a estreia no Open da Austrália – desaire na segunda ronda frente a Novak Djokovic –, e a presença nos ‘quartos’ no ATP 500 do Rio de Janeiro e no ATP 250 de Santiago, para conseguir pela primeira vez ser ‘top 100’ mundial.

Uma lesão no pé esquerdo afastou o número dois nacional da competição desde o final de fevereiro, estando o regresso aos ‘courts’ previsto para o CTE, onde vai defrontar na primeira ronda um jogador oriundo da fase de qualificação, na qual estão em jogo outros quatro portugueses - Pedro Araújo, Tiago Pereira, Francisco Rocha e João Graça.

Assim como Borges e Faria, de 21 anos, Henrique Rocha e Gastão Elias, estes agraciados com um convite, vão defender igualmente as cores nacionais na 10.º edição do Estoril Open, que este ano traz ainda a Portugal os norte-americanos Alex Michelsen (38.º ATP) e Marcos Giron (45.º ATP), o sérvio Miomir Kecmanovic (47.º ATP), o espanhol Pedro Martínez (48.º ATP), vice-campeão em 2024, e, entre outros, a grande esperança do ténis brasileiro, João Fonseca (65.º ATP).


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