Preços da habitação sobem em 13 municípios dos Açores em 2024 face ao ano anterior

Segundo dados do INE, que não incluem os municípios do Corvo e Flores, em 2024 o preço mediano das habitações transacionadas nos Açores aumentou em 13 municípios, com exceção da Ribeira Grande, Horta e São Roque do Pico



Utilizando como referência as transações de alojamentos familiares realizadas na Região Autónoma dos Açores durante o ano de 2024, verifica-se que houve um aumento do preço mediano da venda das habitações em 13 municípios açorianos, de acordo com dados ontem divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Com base na publicação do gabinete de estatística nacional intitulada ‘Estatísticas de preços da habitação ao nível local’, consultada pelo Açoriano Oriental, verifica-se que houve um total de 2688 transações de alojamentos familiares nos Açores em 2024, um aumento homólogo de 15,9% em relação ao ano transato, face às mais 368 habitações vendidas na Região.

No ano em análise, o preço mediano destas 2688 alojamentos familiares transacionados nos Açores foi de 1179 euros por metro quadrado (euros/m2), o que equivale a um acréscimo de 74 euros/m2 em comparação com o período homólogo (+6,7%).

Nesse sentido, e tendo como referência esse total de transações, observa-se que o preço mediano da habitação subiu em 13 municípios açorianos.

No entanto, ressalva-se que os dados do INE não incluem os municípios do Corvo, Lajes das Flores e Santa Cruz das Flores. Ou seja, apenas é possível analisar 16 dos 19 municípios açorianos.

Desses 16 concelhos, face às transações de alojamentos familiares registadas, apenas três tiveram decréscimos homólogos, nomeadamente Ribeira Grande, Horta e São Roque do Pico.

Foi no município da Ribeira Grande que se observou a maior redução do preço da habitação, que se fixou nos 849 euros/m2, menos 151 euros do que no período homólogo (-15,1%).

Na Horta, o preço mediano da habitação desceu para 1069 euros/m2 (menos 120 euros e um decréscimo homólogo de 10%) e em São Roque do Pico para  1116 euros/m2 (menos 47 euros e uma redução homóloga de 4%).

Apesar do preço da habitação aumentar (+14,6%), o município de Santa Cruz da Graciosa, com 369 euros/m2 foi o que registou o valor mais baixo dos Açores, em 2024.

Por seu lado, o concelho de Ponta Delgada, em São Miguel, foi o que registou o maior valor do preço da habitação, que se fixou nos 1667 euros/m2, mais 11,4% comparativamente a 2023.

Não obstante, foi na ilha do Pico que se verificou os maior aumento no valor da habitação, face ao ano transato. A Madalena passou de 765 euros/m2 para 1220 euros, uma subida em termos homólogos de 59,5%.

Ainda nesta ilha, o valor mediano da habitação no concelho das Lajes do Pico também subiu significativamente, passando de 646 euros/m2 em 2023, para 994 euros em 2024, o que significa uma variação homóloga de 53,9%.

Ainda relativamente aos municípios com variações positivas, Povoação surge com um aumento homólogo de 50,7%, seguindo-se os concelhos de Calheta (+26,8%), Vila Franca do Campo (+19%), Vila do Porto (+18.8%), Velas (+9,8%), Angra do Heroísmo (+9,6%), Praia da Vitória (+7,9%), Nordeste (+7,6%) e Lagoa (+2,9%).

Segundo o INE, foram transacionadas 151.784 habitações em Portugal durante o ano de 2024, que culminou no aumento do preço mediano de alojamentos familiares, no país, para 1777 euros/m2, mais 10,3% face ao ano anterior.

“No período em análise, 54 municípios apresentaram um preço mediano superior ao valor nacional, localizados maioritariamente nas sub-regiões Algarve (14 em 16 municípios), Grande Lisboa (todos os nove municípios), Península de Setúbal (oito em move municípios) e Área Metropolitana do Porto (sete em 17 municípios)”, lê-se na publicação  do gabinete de estatística nacional.

Nos Açores, apenas Ponta Delgada (1667 euros/m2) ficou perto da média nacional, aquém em 110 euros/m2.

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